LIVRO DE FOTOGRAFIA E TEXTOS EM PRODUÇÃO COLABORATIVA
FOTOS COMENTADAS - MUNIC. CAPELINHA
CLICK nas fotos para ver em ZOOM
As fotos que compõem este livro, resultam do projeto " estética interiorana - V " realizado em 2008, pelo Instituto Aviva,
com patrocínio da Empresa ArcelorMittal, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
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Elias Rodrigues de Oliveira Por aqui passou Maria passou João, se assentaram dois irmãos, pais e filhos saborearam pipocas, dançaram mangangá, ao calor das brasas o neto escutou o avô. Os chapéus, copas em árvores ressequidas, guardam o suor, o oco das cabeças. São memórias preservadas pra depois. ero
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Aucione Rodrigues O lugar vazio,a espera;dois amores se entreolham,buscam no riso o encanto.De paixão vão se iludindo, fitam no infinito e se encontram,um sonho vagueia em sua alma;enfim se juntam... e retornam.
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Mandruvachá Entre Folhas Por estas cadeiras passou mesmo Maria e também passou João, passou Neco, Armiro, muita gente - um muncadin e um tantão! Ainda hoje no mês de maio, ao passar da procissão, essas cadeiras ainda amparam Luzia, Gerardo, Benedito e São Sebastião.
Houve alí em “redor” daqueles assentos casamento principiado, divorcio planejado, samba, pagode, despacho e batizado - reza, futrica e inté um homem morto enganado.
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Aucione Rodrigues O lugar vazio,a espera;dois amores se entreolham,buscam no riso o encanto.De paixão vão se iludindo, fitam no infinito e se encontram,um sonho vagueia em sua alma;enfim se juntam... e retornam.
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Mandruvachá Entre Folhas Por estas cadeiras passou mesmo Maria e também passou João, passou Neco, Armiro, muita gente - um muncadin e um tantão! Ainda hoje no mês de maio, ao passar da procissão, essas cadeiras ainda amparam Luzia, Gerardo, Benedito e São Sebastião.
Houve alí em “redor” daqueles assentos casamento principiado, divorcio planejado, samba, pagode, despacho e batizado - reza, futrica e inté um homem morto enganado.
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Mandruvachá Entre Folhas Ao receber a noticia o coração ficou desorientado e deu rabichadas e coices dentro do peito, igualzin pordin novo saltitando de alegria - Correu e se aprontou, pôs a esperar. O vermelho rutilante e a presença marcante do perfume avanço naquele ambiente certamente impressionaria... Pensou! Doente de amor ficou ali vendo coisas - uma entrada triunfal.
...Lembrava-se do sonho que havia sonhado. |
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Maria Aparecida Furtunata
Sabe porque te espero ansiosamente... descobrir que nenhum amor é substituível,
nenhum momento é esquecido.
Sua cadeira continua vazia,
Seu prato continua posto,
a porta continua aberta.
Saudades é uma palavra que conhece você.
Seus olhos percorrem as ruas,
Suas mãos se entrelaçam abertas pra recebê-las...
Mesmo que ela te rejeite, não te queira
ou finja que você não exista,
só sei dizer: eu morro de saudades de você.
Sua cadeira continua vazia,
Seu prato continua posto,
As panelas sobre a mesa.
Só deixarei de ter fome
quando comer novamente com você.
Eu continuo esperando por você.
Maria Aparecida Furtunata
Sabe porque te espero ansiosamente... descobrir que nenhum amor é substituível,
nenhum momento é esquecido.
Sua cadeira continua vazia,
Seu prato continua posto,
a porta continua aberta.
Saudades é uma palavra que conhece você.
Seus olhos percorrem as ruas,
Suas mãos se entrelaçam abertas pra recebê-las...
Mesmo que ela te rejeite, não te queira
ou finja que você não exista,
só sei dizer: eu morro de saudades de você.
Sua cadeira continua vazia,
Seu prato continua posto,
As panelas sobre a mesa.
Só deixarei de ter fome
quando comer novamente com você.
Eu continuo esperando por você.
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Silas da Fonseca (enviado por Wagner M. Martins)
Não adianta ser linda e ter todas as cores! Se não tiver néctar, adeus beija-flores! |
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Patricia Fonseca
Eu que passo tantas vezes em frente à velha casa de portão azul cabelo solto vermelho na boca cheiro de jasmim um vestido de fulô bonita que só! pisando duro fazendo vento pra ver se cê nota minha passagem e cê faz que nem me vê... isso dói no coração, homem e eu já te avisei não bato na sua porta enquanto as janelas estiverem fechadas. |
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Elias Rodrigues de Oliveira A cerca mostrando o aqui, o após. O que é uma casa senão as almas?
Quando outra família, esta de mudança vem, e, novamente, como nova, a habita, -a casa; ela agora é outra: os tijolos, telhas e telhados, tudo é profundo poço... isso é osso: a esperar por carne, a espreitar por vida. |
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Claudia Mudado
No Brasil colônia a casa era contada pelo fogo. Em Minas, todos sabem que nem tudo que reluz é ouro. Um fogão branquinho assim já fez muita quitanda com ôvo, mas a cozinheira sempre usa tabatinga para deixa-lo com cara de novo. |
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Mandruvachá Entre Folhas
No fogão a panela que frigia cozinhando o ensopado de cérebro de boi, há dias descansa; Outro dia o prato foi tonozelo de porco. O Jabá de sertanejo ligitimo isprementado na dura lida onde a fuicinha anda deitada dia-intirin tem que sair cedo pois o roncar da barrinha funda é mais forte, e tem que ser guisado reforçado com trupicão e munta sustânça pra guentar o regaço, senão o cabra desce à cova. |
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Elias Rodrigues de Oliveira Desde manhãzinha trabalhando nos distantes cafezais, Vó respira agora o frescor desta casinha, levantada em adobe, colorida em tabatinga. O fogão faz duas águas: Uma prá coar café bem forte e a outra para se lavar os pés. A vó apenas vê! A netinha abandona os desenhos pelo chão, corre e se aninha no colo macio. A vó, em sossego e ilusão distante... brinca de boneca, de ninar seu coração.
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..........................................................................................................................................................................................................................................Maria Aparecida Furtunata A boneca quente é uma
empreendedora... Pois aponta o caminho para executar os sonhos, mesmo que haja
riscos... Ser criança é ser corajosa... É enfrentar os problemas, mesmo não
tendo forças ainda. É caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem direção
certa. É tomar atitudes que ninguém tomou. É saber que ninguem vence sem
obstáculos triunfa sem glória. É não esperar uma herança, mas construir sua
história...
Enfim... Ser um/a empreendedor/a não é esperar a felicidade acontecer, mas conquistá-la dia após dia...
Enfim... Ser um/a empreendedor/a não é esperar a felicidade acontecer, mas conquistá-la dia após dia...
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........................................................................................................................................................................................................................................Maria Aparecida Furtunata O cajado me ajuda a equilibrar meus passos trôpegos... Pois, a velhice é um processo da vida do embrião, do recém-nascido, da criança, é uma mudança contínua... Como muitos dizem que a cada segundo que vivemos morremos aos poucos... A vida só é um sistema instável no qual se perde e se reconquista o equilíbrio a cada instante; a inércia é que é o sinônimo de morte... Afinal a lei da vida é mudar... E aqui fico a pensar... Mudanças, saudades, sentimentos, erros e acertos para partilhar... E aí fixo os olhos pra ver se alguém vai vir prosear comigo... Tenho coisas belas pra dizer antes de partir definitivamente pra eternidade...
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Maria Aparecida Furtunata Falar menos, viver mais; magoar menos, perdoar mais; desprezar menos, amar mais; duvidar menos, acreditar mais; decidir menos, entregar-me mais... Tudo na tentativa mais sincera de errar menos e acertar mais...
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Maria Aparecida Furtunata Falar menos, viver mais; magoar menos, perdoar mais; desprezar menos, amar mais; duvidar menos, acreditar mais; decidir menos, entregar-me mais... Tudo na tentativa mais sincera de errar menos e acertar mais...
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Silas da Fonseca (enviado por Wagner M. Martins)
dia pós dia a imagino cantando aquela canção que faz despertar o menino que mora no meu coração |
..........................................................................................................................................................................................................................................Maria Aparecida Furtunata
A velhice é criança adormecida dentro de nós
Só de lembrar dá aquele vazio dento de mim,
aquele pedaço que falta de nós,
Aquela criança sapeca que era
sentimento de estar sozinha na multidão.
A gente sente um vazio interno,
A solidão é estar em falta
consigo mesmo.
É estar infeliz, por
estar ser feliz!
A velhice é criança adormecida dentro de nós
Só de lembrar dá aquele vazio dento de mim,
aquele pedaço que falta de nós,
Aquela criança sapeca que era
sentimento de estar sozinha na multidão.
A gente sente um vazio interno,
A solidão é estar em falta
consigo mesmo.
É estar infeliz, por
estar ser feliz!
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Aucione Rodrigues Hora do almoço, lembra Da. Zefa;
Ainda não pilei o arroz.Daqui há pouco, Izé chega, querendo comida. Pensativa, ela para; Vida mardita, essa minha.As mãos calejadas, inicia a pilação. |
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Aucione Rodrigues Iaiá Chica, mantinha sempre pendurado do lado de fora do casebre, os restos mortais do animal sagrado. É que ela benzia e fazia o chá do chifre torrado, misturado à rosas vermelhas.
Dizia ela: - É um santo remédio, cura tudo: -Coqueluche, desinteria, dor de cabeça... e outros males, ainda se passar na pele cura inté cobreiro, dizia ela. Com seus 80 e lá vai alguma coisa, era conhecida em toda região, vinha gente de longe à procura de sua benzedura |
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Aucione Rodrigues Vem cá minina! chô te benzê de mar oiado...cê tá cheinha de ziquizira, desse jeitio tu num arruma nem namorado, traiz logo um gaio de arruda, guiné, majericão, o queocê tiver na horta.Pra nosso SINHÔ ajudá ocê, nessa empreitada.Traiz foia de loro tomem que é pra ajuntá furtuna, ocê vai vê só, vai chuvê home querendo casá concê.
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Elias Rodrigues de Oliveira O engenho cochila três horinhas. Turmas se revezam, se revezam os bois. Os dentes tiritam um tac-tac de frio: É tempo-de-sêca, poeiras, estrada boa. O chão sofre seco, ávido de gota, sorve qualquer orvalhinho, um cuspe, restinho de garapa, o mijo do boi, o suor de quem nele se deita, se argila sedento e ardiloso... faz mil trincas e se redesenha em fissuras: alfabeto que solo entende e que entende o homem da terra: alfabeto que escreve um lamento solitário -por si afora:
tô é morrendo de sede! Reza o homem ou morrem juntos –ele e seu gado também. Há Deus de responder... Algum trovão... O arco-luz perto da lua continua... tarda a chuva na longa estiagem. Prossegue a moagem, os sabores, os cheiros se elevando aos céus, todos sobem... faiscam pirilampos tontos... ascendem saudades em mim. |
.........................................................................................................................................................................................................................................Mandruvachá Entre Folhas
Nos primeiros clarões da madrugada ouvem-se conversas com os bois:
Puxa dotôr acompanha Letrado!
... vira letrado junto dotôr!
...acode dotôr socorre letrado.
Unidos pela-canga e amarrados numa manjarra “Letrado e Dotôr” fazem cana São Paulo na moenda estalar; De longe menino escuta e corre água na boca - garapa grossa na cuia bebem sem coar.
...e o engenho canta, canta, e encanta - três horas da tarde pia triste como a cantiga do solitário sabiá.
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Maria Luísa Castro Melo O dia é especial. Tudo aqui, hoje é movimento; acredita que até os cachorros alvoraçaram? Os bois estão de prontidão...O Tizé já madrugou junto com o galinheiro e a tia Benvinda fêz o café; agorinha mesmo o fogo vai arder em chamas e a cana já foi triturada avisando: a garapa tá pronta! Acho que em todo engenho é a mesma coisa: Agora é com você da fornalha; e as crianças correm...correm em círculo, esperando a doce rapadura!!!.Que saudade do Tizé!!!
Nos primeiros clarões da madrugada ouvem-se conversas com os bois:
Puxa dotôr acompanha Letrado!
... vira letrado junto dotôr!
...acode dotôr socorre letrado.
Unidos pela-canga e amarrados numa manjarra “Letrado e Dotôr” fazem cana São Paulo na moenda estalar; De longe menino escuta e corre água na boca - garapa grossa na cuia bebem sem coar.
...e o engenho canta, canta, e encanta - três horas da tarde pia triste como a cantiga do solitário sabiá.
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Maria Luísa Castro Melo O dia é especial. Tudo aqui, hoje é movimento; acredita que até os cachorros alvoraçaram? Os bois estão de prontidão...O Tizé já madrugou junto com o galinheiro e a tia Benvinda fêz o café; agorinha mesmo o fogo vai arder em chamas e a cana já foi triturada avisando: a garapa tá pronta! Acho que em todo engenho é a mesma coisa: Agora é com você da fornalha; e as crianças correm...correm em círculo, esperando a doce rapadura!!!.Que saudade do Tizé!!!
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Wagner M. Martins Montou engenho novo na propriedade. Coisera de ferro; mais parecia um ganso com o pescoço espetado num parafusão. Aquilo no terreiro! Sei não. De mais a mais, tirava a serventia do azeite de mamona, que não tinha custo. Lubrificar agora era com graxa! Tinha que comprar. Mas que ficava levin, levin, ficava.
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Wagner M. Martins
como o que, mesmo que fumaça faça, há que se mexer, mexer até que basta senão desanda, aí não dá mais, não dá receita. |
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Wagner M. Martins O lusco-fusco da noite mal iluminada, lhe entrecortava os sentidos e custava a encontrar o equilíbrio para entender aquela situação lúdica. Os sabores lhe esgarçam a garganta e a visão da cortina dourada de calda entremeada da fumaça, trôpega, e densa, permite-lhe sentir a magia do engenho. O sabor do melado, a higidez da rapadura, o borbulhar das taxas o fogo insistente, o mugir do gado... Dureza era sair da cama na madrugada, com o frio a lhe corroer insistentemente as entranhas.
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Wagner M. Martins “...o doce escorre e entorna uma tonalidade doirada, transformando bolhas em sabores de espumas...”
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Wagner M. Martins “...e o doce se alevanta no borbulho da penumbra fumegante e se prepara para a metamorfose; do melado à rapadura, café doce, doce-doce, do sertanejo ...”
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Aucione Rodrigues
Nas valas enfileiradas A cepa é depositada Quando adulta se entrelaçam Tornando-se lindas, que doçura! Nos tempos de brotagem Lindos campos vão se formando Os pendões anunciam A colheita vem chegando Machadores e capineiros Seguem na madrugada Cambiteiros e amarradores O feixe se amarra e traz Mão calejada que mexe O caldo melado da cana Suor que escorre no rosto Traz valor e esperança Este melado tão doce Levado ao fogo pra engrossar Servido com mandioca Batata doce ou cará |
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Aucione Rodrigues
Fornalheiro acorda cedo Ativando a caldeira Verificando as moendas Atiça logo o brazeiro Cambiteiro é que traz O feixe de cana q`alimenta As três pontas dentadas Das moendas acopladas Caldeireiro e passadeira Uma banda de cabaço Numa vara de madeira Separa logo a tiborna (resíduo da garapa) Da cana sai a garapa Em seguida na fervura No tabuleiro vai virando Retângulo de rapadura |
....................................................................................................................................................................................................................................Mandruvachá Entre Folhas Alma inspiradora que vê, se encanta e registra... Do movimento contínuo e necessário, em meio ao calor e vapor, surge a arte que ele viu despencando em gotículas perolizadas!!!
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Wagner M. Martins
No fulgor da madrugada era possível ouvir o chiado do fogo; o “estralar” das fagulhas, num “troc” surdo, abafado no ventre do monstro de boca vermelha; cheiro de batata doce assada, e não raro a visão tremulante, vista de reflexo ante a cortina de fogo, dos visitantes que se achegavam ao entorno do fogaréu, para filar o café de rapadura que regava a batata doce no correr da noite e espantar o frio. |
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MARIA LUÍSA DE CASTRO MELO
Pequeniniha, nos meus cinco para seis anos, quando a noitinha já se chegava sorrateiramente e o friozinho sussurava (estou vindo...) mamãe e papai fazia um brazeiro em uma tampa de lata velha, colocava-o no centro da cozinha, bem no centro. Para acomodar todos os seus filhos , (treze)que se assentavam em banquinhos e se aqueciam;o calor do fogo se misturava com o calor do amor.O atrito de suas brasas exalavam uma energia mística... eu sentia como se houvessem mais gente na cozinha; acho que eram as energias abençoadas dos anjos que desciam do céu e ficavam se aquecendo conosco; você já teve o privilégio deste momento? O fogo , na sua intimidade, é energia para o amor eternizando bêncãos. Obrigada por esta foto.
MARIA LUÍSA DE CASTRO MELO
Pequeniniha, nos meus cinco para seis anos, quando a noitinha já se chegava sorrateiramente e o friozinho sussurava (estou vindo...) mamãe e papai fazia um brazeiro em uma tampa de lata velha, colocava-o no centro da cozinha, bem no centro. Para acomodar todos os seus filhos , (treze)que se assentavam em banquinhos e se aqueciam;o calor do fogo se misturava com o calor do amor.O atrito de suas brasas exalavam uma energia mística... eu sentia como se houvessem mais gente na cozinha; acho que eram as energias abençoadas dos anjos que desciam do céu e ficavam se aquecendo conosco; você já teve o privilégio deste momento? O fogo , na sua intimidade, é energia para o amor eternizando bêncãos. Obrigada por esta foto.
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Aucione Rodrigues Água na cuia cumade;Tira aguamento,é só virar a cabeça do bichinho pra tráis e jogar trêis goles. Na bença de Nosso Sinhô Jesus Cristo, tá curado.Reze trêis padres nosso, ave marias, pôe tomem uma Salve Raínha.Vai vê só cumade amanhã ele manhece bãu.
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Maria Luísa Castro Melo
Vamo gente, buscá àgua na mina pa mode enchê o pote.O dia já raiô e o pai tá no curral tirano o leite da vaca pros minino bebê.
Quero uma rudia e a cuia.
Eu me lembro: as moças buscavam àgua na mina e não se queixavam de nada; desciam o caminho estreito do pasto cantarolando... e quase num ritual perante a correnteza delicada, vagarosa, límpida da biquinha, elas tomavam suas posições , ajuntando a roda da saia, se agachavam e eram acolhidas pela natureza, cujas àguas brotadas no seio da terra, irão matar a sede ;cuia já velha, companheira!!!...
Maria Luísa Castro Melo
Vamo gente, buscá àgua na mina pa mode enchê o pote.O dia já raiô e o pai tá no curral tirano o leite da vaca pros minino bebê.
Quero uma rudia e a cuia.
Eu me lembro: as moças buscavam àgua na mina e não se queixavam de nada; desciam o caminho estreito do pasto cantarolando... e quase num ritual perante a correnteza delicada, vagarosa, límpida da biquinha, elas tomavam suas posições , ajuntando a roda da saia, se agachavam e eram acolhidas pela natureza, cujas àguas brotadas no seio da terra, irão matar a sede ;cuia já velha, companheira!!!...
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Aucione Rodrigues
Pueira subindo, Sanfoneiro tocando; Dança festiva lá no sertão. Broa de milho, café com leite e pão; Lua enluarada, enamorados se abraçam; Está feita a união. |
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Mandruvachá Entre Folhas O vergão na cana da perna lembra chicote de três cordas trançado, cipó, cabresto - e mardade de homi enfeitiçado... O danado na tocaia isperô ela passar; Envenenado do rabo inté na batata do zói, peçonhento e traiçoeiro nem chuquae prestô pra balangar. Bicho ruim, demoniado, se tivesse avisado ela sartava de lado ou inté mesmo ivitado de pagode por aquelas bandas cassar.
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Mandruvachá Entre Folhas Cravei o zói com força e ficou tudo embaçado - longe, muito longe vi uma velha casinha barreada e trançada com cipó... Regalei e firmei uma “oiada” mais segura, então fiquei extasiado ao ver o solo castigado do norte de Minas crescendo, e estorricado e com infinitas trincas.
Meditativo, observei os detalhes e não foi difícil perceber a transformação da beleza natural provocada pelo estender dos dias nessa frágil alma feminina. ...éh que a terra aos poucos “suga” quem muito vive... Suga tanto que com tempo a gente “murcha” - e murcha, até nos devorar de vez. |
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Elias Rodrigues de Oliveira Calejada, a mão não tapa a luz do sol em vão .....................................................................................................................................................................................................................................
Maria Aparecida Furtunata
Eu olho da porta com certa desconfiança, mas também esperança...
Com algum temor, mas também amor...
A noite ta chegando e, é escura, a chuva é fria, as perspectivas às vezes não são boas...
Mas o sol, quando chega, transforma em diamante as gotas de chuva
e toda lembrança amarga de repente se desfaz.
Fé não é ausência de problemas; é coragem para ver além do que os olhos veem;
é caminhar, mesmo com medo, entre as pedras que deslizam.
É encontrar forças para recomeçar quando ninguém mais está lá...
Elias Rodrigues de Oliveira Calejada, a mão não tapa a luz do sol em vão .....................................................................................................................................................................................................................................
Maria Aparecida Furtunata
Eu olho da porta com certa desconfiança, mas também esperança...
Com algum temor, mas também amor...
A noite ta chegando e, é escura, a chuva é fria, as perspectivas às vezes não são boas...
Mas o sol, quando chega, transforma em diamante as gotas de chuva
e toda lembrança amarga de repente se desfaz.
Fé não é ausência de problemas; é coragem para ver além do que os olhos veem;
é caminhar, mesmo com medo, entre as pedras que deslizam.
É encontrar forças para recomeçar quando ninguém mais está lá...