LIVRO DE FOTOGRAFIA E TEXTOS EM PRODUÇÃO COLABORATIVA
FOTOS COMENTADAS - MUNIC. TURMALINA
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As fotos que compõem este livro, resultam do projeto " estética interiorana - V " realizado em 2008, pelo Instituto Aviva, com patrocínio da Empresa ArcelorMittal, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
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Elias Rodrigues de Oliveira
Se um dia Mondrian visitar o sertão, com pouco pano... compouco é o que ele faz. |
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Aucione Rodrigues A família aumentando;o dinheriro já não dava,vovó fazia remendos;nas roupas que papai comprava.
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Maria Aparecida Furtunata Além das cortinas vejo movimentos de corpos, lágrimas, sorrisos, esperanças, desilusões, medo... Enfim sentimentos! Há àqueles que choram outro, que se silencia com medo de verbalizar o que seus sentimentos, medo de errar os faz calar. Vejo luz para problemas aparentemente insolúveis. Na impossibilidade humana há sempre possibilidade divina. Acredito que além das cortinas tudo de bom estar porvir. Eu não preciso ver sonhos concretizados, assim perde a mística de acreditar no Invisível. Além das cortinas sempre há esperança que o melhor ainda por vir. “E fé um salto no escuro”. Daí nasce à convicção e a certeza que algo bom nos espera além das cortinas... Vejam...
Aucione Rodrigues A família aumentando;o dinheriro já não dava,vovó fazia remendos;nas roupas que papai comprava.
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Maria Aparecida Furtunata Além das cortinas vejo movimentos de corpos, lágrimas, sorrisos, esperanças, desilusões, medo... Enfim sentimentos! Há àqueles que choram outro, que se silencia com medo de verbalizar o que seus sentimentos, medo de errar os faz calar. Vejo luz para problemas aparentemente insolúveis. Na impossibilidade humana há sempre possibilidade divina. Acredito que além das cortinas tudo de bom estar porvir. Eu não preciso ver sonhos concretizados, assim perde a mística de acreditar no Invisível. Além das cortinas sempre há esperança que o melhor ainda por vir. “E fé um salto no escuro”. Daí nasce à convicção e a certeza que algo bom nos espera além das cortinas... Vejam...
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Wagner M. Martins Recostou o corpo no varal do cercado. O saculejo da memória embota os sentidos, vertidos no desemboque dos cabelos ressequidos e mal cuidados. Quando virá? Não sei! Os olhos se perdem na saudade de muitos ontens e se agarram na esperança de um sem futuro incerto, do poder ser o amor.
Um cavalo viaja. |
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Mandruvachá Entre Folhas ...sei viver a vida não moço, vivo sem saber, mais vivo! Vivo mei-qui-adoidada no lombo dum animar - Vivo a galopar atrais de boi, campeano gado - munto em pêlo mesmo, só na manta, e num gosto de freio na boca du infiliz não, comigo é no arrocho du barbicacho e pronto - pó muntar. Amanso burro e homi brabo tamém - Tem que ser bicho macho que pula no rosetar da ispora, e se aquieta com o passar da raspadeira e o aparar da crina - assim que gosto... - porque assim, o bicho que era brabo vira “cabresteiro”!
Mandruvachá Entre Folhas ...sei viver a vida não moço, vivo sem saber, mais vivo! Vivo mei-qui-adoidada no lombo dum animar - Vivo a galopar atrais de boi, campeano gado - munto em pêlo mesmo, só na manta, e num gosto de freio na boca du infiliz não, comigo é no arrocho du barbicacho e pronto - pó muntar. Amanso burro e homi brabo tamém - Tem que ser bicho macho que pula no rosetar da ispora, e se aquieta com o passar da raspadeira e o aparar da crina - assim que gosto... - porque assim, o bicho que era brabo vira “cabresteiro”!
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Aucione Rodrigues ... E lá vai seu José, seguindo de perto seu burrinho manhoso, num dia chuvoso o bichinho andava ainda mais lento, uma preguiça.Seu José usava um chicote de couro de tatu e de vez em quando dava algumas lambados no bichinho que devagar continuava seu caminho.
OLHA PROCÊ VÊ! |
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Aucione Rodrigues (...) Canga é pra animar que pula cerca, deve tá sempre no pescoço do bicho.
-Dizia seu Tonico: É o único jeito de evitar a devastação. -Inda gorinha lacei um, pulando a cerca lá pelas bandas do arrozar. Se num oiá a prantação, êis come tudinho, num sobra nadica de nada. |
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Elias Rodrigues de Oliveira
É com a mão que se faz o toá, essa tinta sem preço. Colore de bonito a casa com as tantas cores que a mesma terra dá. |
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Aucione Rodrigues
No seio da terra, se deixa levar Doce desejo, solto no ar Guardado no riso, inocência impera Nas tranças se esconde, desejo de amar A vida desliza, em meio ao pó Deixando na alma, um gosto de paz Suave encanto, dispersos no ar Corpo de menina, um doce olhar Devagar vão elas, sem pressa chegar Destino que acolhe, seu modo de sonhar Do barro se faz, moldura sensual Do corpo e revela, segredos afinal |
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Elias Rodrigues de Oliveira
O menino levado não é malino, brincam um de cavalo o outro, peão. Galopam nesses dias da infância e viajam até chegar na memória. |
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Maria Aparecida Furtunata
como poderia esquecer que...
Ser criança é tudo de bom!
Como é bom ser criança e...
brincar de escorregador, brincar de cavalinho e campeão
Andar descalço na terra. Pular corda sem sapato
Quebrar e botar a culpa no irmão
ficar com medo do escuro
brincar de cabra-cega,
sair correndo da escola
e se divertir essa brincadeira de pega-pega.
Como é bom ser criança e..
Chamar mamãe e papai,
pular amarelinha,
Cair, gritar: Ai...Aí...Aí...
Azucrinar a vovó
Como é bom ser criança e.
voar sem sair do lugar,
ter medo do bicho papão
Lambuzar-se com macarrão...
Maria Aparecida Furtunata
como poderia esquecer que...
Ser criança é tudo de bom!
Como é bom ser criança e...
brincar de escorregador, brincar de cavalinho e campeão
Andar descalço na terra. Pular corda sem sapato
Quebrar e botar a culpa no irmão
ficar com medo do escuro
brincar de cabra-cega,
sair correndo da escola
e se divertir essa brincadeira de pega-pega.
Como é bom ser criança e..
Chamar mamãe e papai,
pular amarelinha,
Cair, gritar: Ai...Aí...Aí...
Azucrinar a vovó
Como é bom ser criança e.
voar sem sair do lugar,
ter medo do bicho papão
Lambuzar-se com macarrão...
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Aucione Rodrigues
O entorno retrata a vida Dos filhos deste chão Tráz no rosto a estampa O sabor da ilusão Corre-se atrás do tempo Avaliando a situação O contraste está no rosto Do sorriso a emoção Em volta olha assustado Querendo explicação Indagando com um gesto No olhar a interrogação |
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Elias Rodrigues de Oliveira
nunca é cedo demais...
é hora e vez de esperança e dor
uma desabrocha eventual, a outra está pungente e alí
entreabraçadas
olvidadas
nos lonjais
Elias Rodrigues de Oliveira
nunca é cedo demais...
é hora e vez de esperança e dor
uma desabrocha eventual, a outra está pungente e alí
entreabraçadas
olvidadas
nos lonjais
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Wagner M. Martins
em minha terra, há casas que não tem pão. há casas, que nem tem mesa; há crianças pedindo pão assando e fazendo carvão, vagando desesperadas nesse meu país indecente. |
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Mandruvachá Entre Folhas Eram 10:00 horas da manhã ainda, o sol tostava e aquela hérnia passada afligia - bem no pé do umbigo assolava tanto aquele incansável homem que encolhido padecia de dor e mal conseguia permanecer em pé; Sentindo-se agredido o velho carvoeiro lançando longe de si aquela esfacelada pá, com voz trêmula aos resmungos, dizia:
- Antes que você acabe comigo dou cabo em você, trem!!! |
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Wagner M. Martins
“A coieta foi miúda, tudo miúdo por farta de chuva; num dá preço. Vale a pena não. Fica aí, é bão pra espantá esprito ruim .” |
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Aucione Rodrigues O olhar perdido de Da. Zefa, condena seu pensamento, a tristeza tomou conta se sua alma. Ah!... Tomara que Nonô vorte logo e cure dessa doença mardita. Não posso cuidar de tudo sozinha.
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Maria Aparecida Furtunata Talvez saudade não seja a palavra certa. Talvez... Medo, Angústia, Amor, Felicidade... É uma miscelânea de sentimentos que parece afligir o coração de Dona Zefa. Esse olhar demonstra que às vezes fica perdida a escorar na cerca relembrando os momentos. Ah!! Momentos!! Falando em momentos, lembra-se dos que juntos viveram e este vazio imenso coração, dói tanto que os olhos chegam a lacrimejar. Dor que não se explica, impossível de ser transferida. Sentimento que extirpa a alma humana em busca de respostas do desejo Amor e Paz. Sentimento avassalador e ao mesmo tempo companhia constante dos que experimentaram a dor. Dor que não lesa o ser humano, ao contrário é um momento privilegiado que possibilita-o emergir para si em busca de repostas na tentativa entender o enigma da sua existência. Na dor aprendeu a amar. Que é o amor? Nem ela e nem eu sei... Dor e amor sentimentos ambíguos que o Soberano entre tantos outros nos permitiu conhecer e conhece-os bem, e sem eles é impossível viver uma vida salutar.
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Elias Rodrigues de Oliveira
Cepas no cana/vial todos cortam homens muitos todos cortam lá e cana cá e cor/ tam homens cana cortam forte muito desde mui, e muito cedo. cedinho é a manhã/zinha bem cedo! a um bule de café aquela moita amoita, cabaça d’água na cabeça, a mesma sombra é moita-fresca mei pito-pitado aguardado na orelha é fei gente dada a caçoada, cantigas e modos e aboios de animar. Arre! -tudo isso de Roldão. facão tinino caino canainha catinino in_: issussim de cana tanta! um cachorro vadio vem visitar seu dono se vai, magrelo de fome: cheira-de-perto a cobra morta na cerca e se vai de vez. -’Istrudia um iscurpião mordeu Gricelo, ele num foi trabaiá’ – caçoada calça remendada e enrolada na canela, ela, a cana, alí aos montes de canastantas -e eu não: nadinha. aquela gente tinha: a forma certa de falar errado. |
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Aucione Rodrigues O suor escorre pelo rosto, vida dura, dizia ele: Ao pisar no chão descalço, seus pés já não aguentam, as bolhas estourando, mesmo assim tem que contiunar.O trabalho árduo consome sua vida.
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Carlile Marcos Eva Os ombros calejados ainda na infância, pés feridos nos tocos dos canaviais, era preciso fazer a garapa e garantir o café da manhã, inverno rigororoso daqueles tempos, engenhoca manual, aquela que precisava a força para extrair o caldo, suor em pleno raiar do dia, a vida no campo era assim, não tinha horas para terminar a doce tarefa de garantir o café de garapa, fervida no tacho ou em uma chaleira de ferro....
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Aucione Rodrigues O suor escorre pelo rosto, vida dura, dizia ele: Ao pisar no chão descalço, seus pés já não aguentam, as bolhas estourando, mesmo assim tem que contiunar.O trabalho árduo consome sua vida.
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Carlile Marcos Eva Os ombros calejados ainda na infância, pés feridos nos tocos dos canaviais, era preciso fazer a garapa e garantir o café da manhã, inverno rigororoso daqueles tempos, engenhoca manual, aquela que precisava a força para extrair o caldo, suor em pleno raiar do dia, a vida no campo era assim, não tinha horas para terminar a doce tarefa de garantir o café de garapa, fervida no tacho ou em uma chaleira de ferro....
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Maria Aparecida Furtunata O coração parece saltitar de alegria... Um filme certamente lhe passa na mente e talvez o que mais marcou foi o de um músico e uma dançarina a bailar pelo salão simples, mas o que acontecia ali era algo muito importante para a agora senhora Joanita e senhor Zezinho... O casamento deles. A saudade e boas lembranças ajudaram Joanita a superar a perda do amado. Afinal ambos conheciam bem o ritmo, possuíam uma relação intima com a melodia, sabiam contar os tempos e reconheciam as notas. Ecos de lembranças do passado feliz ressoam neste silêncio profundo...
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........................................................................................................................................................................................................................................Maria Aparecida Furtunata Nunca é tarde Para amar Madalena... Ame enquanto ha tempo, a vida é feita de momentos únicos, não deixe as oportunidades passar, sorria, cante, grite. Apenas seja séria quando necessário. Sempre dando o melhor de si, fazendo a diferença em qualquer lugar. A felicidade é a essência de uma vida longa, sem igual... corre mulher pros braços do seu amor... vai ser feliz....
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Aucione Rodrigues
Olha a namoradeira De prontidão a espiar Os olhos bem abertos Vigiando o meu olhar Acomodada, ela está Esperando alguem passar Que note sua presença E queira lhe namorar Em seu rosto há um mistério Eu preciso desvendar Entre os cactos se escondem A beleza deste olhar Faça sol ou faça chuva Lá está a vigiar Quem passa por ela sente O desejo de amar |
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Aucione Rodrigues
Aqui estou num vaso Assentado sem querer Entucharam -me de espinhos Para eu me entristecer Minha boca escancarada Nada tem de assustador Meus olhos esbugalhados Me torna um adimirador De orelhas bem em pé Estou sempre a escutar Se alguém se aproxima Deixo logo me tocar De pirraça vou vivendo Esta vida de malandro Se alguém encostar em mim Se estrepam, sai coçando |
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Aucione Rodrigues
De manhã, bem cedinho Acordo, começo a orar Cuida de mim Pequenino Preciso do teu olhar Ao rezar, coloco sempre Um copo d` água fuidificar Tomar bem devagarinho O meu corpo abençoar Aos pés da imagem Firme em minha fé Querido Deus menino Olhe por mim em meu lar |
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Aucione Rodrigues
- A magia do lugar encanta os olhos dos bichos. Desfilando na beleza de suas penas, serpenteiam os enamorados. - Num mergulho se refrescam, providenciando a reprodução. |
Maria Luísa Castro Melo Louvemos ao Senhor Nosso Deus, que ùnicamente ELE, pode nos conceder este paraíso para vivermos em paz e contemplarmos como exemplo este momento da criação que eterniza no universo SUAS intenções de se fazer um mundo tão bom! Ah!!! Se toda criatura humana enxergasse assim, estaria inebriada pelo Espírito Santo e já estaria vivendo no Céu!...
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Aucione Rodrigues
...O famoso " cabo de machado" "cubu" ou "calcanhar de negro" era feito de um fubá mais grosso, adoçado com garapa de cana e óvos, não levava leite. E como fermento era usado o bicarbonato de sódio, ou cinza de fogão a lenha, o fermento químico era raridade, principalmente pela dificuldade em adquirí-lo ou pelo seu alto custo. -Era assado em folhas de banana em fornos de barro, ou em panelas de ferro, lá na última trempe do fogão a lenha, colocava-se uma tampa com braseiro por cima da panela. No outro dia era servido com café de rapadura e leite de cabra, uma delícia. |