LIVRO CORPOINTEIRO POEMAS
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CORPOINTEIRO - Poemas
Autor: Elias Rodrigues de Oliveira Livro premiado pela Fundação Biblioteca Nacional - MinC. Obra Ilustrada pelo autor. ISBN 978-85-67229-00-3 128 pág.- 14,5x21cm - Padrão Luxo R$ 49,00 Incluso a Entrega por Correio Livro Impresso |
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Trechos iniciais de poemas e ilustrações...
Sobre o Livro
Os poemas neste CORPOINTEIRO, estão organizados por temas que correspondem ao nascer, brincar, amar, contemplar, refletir, transcender e morrer. Para mim, viver e reviver estas etapas, são tentativas de conjugar, em cada presente efêmero, as memórias e os anseios futuros. Tentativas vãs de um corpo inteiro consumar, de fundir matéria e sentimentos. Ambos e tudo nos escapa. Neste afã, ao longo da vida, valendo-me de desenhos, poemas e prosas poéticas, tenho revisitado estes estágios de se ser. O continuado rabiscar, escrever, guardar, ajuntar e categorizar expressões, resultou-me neste livro contemplado em 2002 pelo "Programa de Bolsas para Escritores Brasileiros com Obras em Fase de Conclusão", MinC - Fundação Biblioteca Nacional. Desde então, CORPOINTEIRO vem recebendo revisões e novos poemas e estas revisitações resultaram na variedade de textos e desenhos. Talvez seja chegada a hora de compartilhá-los... porém, publica-los significa desnudar-me. Sinto-me algo exibicionista e constrangido. Peço licença, não peço desculpa. Elias Rodrigues de Oliveira
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Sobre o Autor
Elias Rodrigues de Oliveira nasceu em 1951, em Entre Folhas - Minas Gerais, onde viveu infância rural. Vive em Belo Horizonte. Arquiteto pela UFMG, recebeu prêmios em concursos de Arquitetura, é autodidata em Artes Plásticas e Literatura. Como Empreendedor Cultural fundou e preside o Instituto AVIVA. Artista e arte-educador, Elias realiza projetos culturais, publica livros de arte e fotografia abordando a cultura de natureza imaterial mineira. Recebeu, do Ministério da Cultura - Fundação Biblioteca Nacional, bolsa para a conclusão deste livro CORPOINTEIRO, no gênero poesia. JÚRI NA CATEGORIA POESIA
Heloisa Buarque de Hollanda Escritora, crítica literária, jornalista, ensaísta e pesquisadora. Professora emérita da UFRJ. Doutorado e pós-doutorado em Teoria da Literatura. Lucia Helena Doutora em Ciência da Literatura (UFRJ) Pós-Doutorado em Literatura Comparada. Professora da UFF. Publicou livros de crítica literária. Marco Lucchesi Membro da Academia Brasileira de Letras. Poeta prêmiado. Professor da UFRJ. Doutor em Ciência da Literatura. Pós-Doutor em filosofia. |
POESIA EM ESTADO DE CAMALEÃO
Impossível não pensar nas Minas e nos Gerais ao viajar através das palavras de CORPOINTEIRO, uma espécie de espelho da cultura e da atmosfera de um Brasil em estado de origem, em estado de ser. A origem não apenas da árvore de sangue de Elias Rodrigues de Oliveira, mas a mestiçagem de que falava Darcy Ribeiro está impregnada nas linhas de vivência de um poeta que precisa ser entendido além de suas letras. Aquém de Entre Folhas, a mítica aldeia do poeta. Mas eu poderia falar em léxico, em sintaxe, ou mesmo na filologia usada pelo autor para traduzir o seu desejo de andar em busca do futuro, sempre tendo como rastro os antepassados mais vivos do que nunca no presente. Portanto, a experiência humana em CORPOINTEIRO, mostra a existência como uma condição. A poesia como uma condição, catarse e êxtase sendo espelhos. Mas e o que não pode ser escrito tem que ser vivido de alguma forma, mesmo que seja em nome da poesia que se faz para refazer a própria vida, ao explorar a corpografia de sua origem como um lugar possível, o lugar real como defendeu Gary Snyder, para re-habitar a própria terra. Um lugar onde as palavras são arrancadas da memória. Mas o que é mesmo a memória quando a memória é uma fuga da memória? Quando a vida é uma fuga da vida, quando a poesia é uma fuga da poesia? Talvez seja preciso, então, colocar a fuga em estado de fuga, para descobrir o que ficou para trás em nome do esquecimento.
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CORPOINTEIRO provoca diálogos com a antropologia. Uma espécie de antena da raça, como falou Ezra Pound. Uma espécie de liberdade libre, como falou Arthur Rimbaud. A poesia para eternizar a certeza da morte no abismo da vida. Escrever pode ser um prazer, como os verbos de Al Berto ao penetrar a galáxia do medo. O medo também está presente na poesia de CORPOINTEIRO, medo de ser, medo de ser o que é quando a moda é artificial para não ser, o poeta revela os falares da língua. Mas também as falas que se perdem no rumor do eco, sendo um artista que faz da própria vida a sua tradição e também a sua ruptura. CORPOINTEIRO é um trabalho para olhar como aquele que para diante do crepúsculo apenas para sentir a natureza em seu clímax, para habitar as elegias de um país em estado de metamorfose, elegia onde as raízes que se tornam folhas e as folhas que se tornam raízes. Somos a metamorfose porque somos camaleões. Elias Rodrigues de Oliveira revela em CORPOINTEIRO a mandrágora da vida em poesia. Wilmar Silva
Curador do Encontro Internacional de Leitura, Vivência e Memória de Poesia Terças Poéticas (Palácio das Artes, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil) |
CORPOINTEIRO Apresentação"Existe a linguagem, o pensar na língua, os poemas"
Michel Deguy Mais um poeta na praça de versos - mais um diverso, plural, múltiplo: arquiteto, pintor e poeta entre tantos dotes artísticos, Elias Rodrigues de Oliveira se apresenta em Corpointeiro.Nascer, brincar, amar, contemplar, refletir, transcender, morrer. Ciclo da vida do poeta. Entre tantos verbos, o verbo, a palavra, o sentido de cada um abrindo o espaço e o tempo no verso. Palavra-imagem; imagem-palavra: no vice-versa o movimento lúdico do que vemos e as coisas que nos olham, e que dizem ao poeta o que ele decide dizer em sua ousadia e risco de artista.
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Nesse pequeno livro uma inventividade de fôlego. Uma capacidade criadora no fio dos vestígios, no traço inquieto da mão que desenha e escreve. Formas e intensidade ligadas à brevidade: teu nome é poesia. Nesse modo de tornar presente a memória dos dias passados, é preciso um outro modo de dizer a palavra: ritmo e concisão, letra e grafismos, ao sabor dos sentidos e das sensações. Qualidade interiorana/rosianamente equacionada em temas ligados à natureza, às coisas das vivências do cotidiano, ao mundo. Versos que se harmonizam desafiando a língua que se torna performática a cada gesto, experimentando sons e sentidos. Ler palavras ainda não ditas que se encontram no fundo do coração do poeta; fazer falar o silêncio existente, brincar com a máquina construindo formas. Espirros entre jogos de palavras, leminskiando em forma de hai-cais, o poeta trabalha com o mínimo da escrita - homofonias, humor, logos. O poeta descobre que no riso, o sério se apresenta. Assim, Elias vai descobrindo seu modo poético - o poema - em sua singularidade ousa dizer - e faz ver as formas que se atravessam: o graphos da letra e o graphos do desenho. Boa leitura Vera Casa Nova
Faculdade de Letras / UFMG agosto/ 2013 |
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