Livro
Olha procê vê!
TEXTOS LIDOS
promode oiá e vê esse livrinho
Dei -de -mão nesta obra e abrí a esmo, como abria uma
tronquêra quarquer pramode minha tropa passá... Arrepiei carrêra!!! Fechei e recomecei do começo. Logo na entrada apercebo qui -vai ter recordação... Os retrato e as prosa apertaram a batida do velho coração trazeno de vorta o passado e alimentano a sôdade daquele que foi pra cidade e lairgô pá-trais o sertão. Ao disfoiá a prêmera página a lágrima já dispencô ao ver nu arto do morro uma casinha iguárzin a qui nóis morô. A boca foi ficano seca e o talo da garganta intalô ao ver a beleza dos versos que os iscritô humirdimente ixpricô... Tomei um forgo, e fui pra sigunda página que tamém me incantô, é qui as casinha de adobe do mesmo modo ainda estão, indicano qui por alí pôca coisa dimudô. As dimais fotografia continuô me alegrano, mostrano cara de gente como a minha, gente do Jequitinhonha que continua sonhano... Uns com cara solitária, home véio, muié idosa, criança, e minino criscido - uns brincano ou só ispiano, trabaiano, antão simprismente passano inté dispircibido. Bunequinhas das bordadêra, carrim de pau ou rolimã, sortano papagai, gente de dor e de amor, de paxão, riligião e das festa de são jão... Que festeja nos bailes ao som do sanfonêro e do arrasta-pé, rudiano fuguêra varano noite intêra... Êta povo animado este povão minêro! Qui bunito ver o ingéim puxado por cavalo ou bois, ver o rio e o prantio esperançoso, e a coiêta quase farta, incrusive a de repôio. Óia procê vê, a lavação de rôpa nos córguim. As muitas Marias, Jão e os tantos Izé - uns de chapéu, |
ôtros discuberto, e arguns de buné. As panela das cumida
já sirvida, balaio, cuadô de café. Os chá dus-curandêro, as benzição faladas de cor e zói fechado com ramin de arruda. As cumida saborosa, galinha gorda e faca na mão, a farofa de andú, o fugão de barro branco do lado das parede colorida com toá, as panelas briano já isperano quiabo chegá. Tem de tudo quanto há, inté umas foias de hortaliça insistente e bem virdinha, um moinho rodopiano e jogano água fora, os forno da farinha de manjoca dano uma farinha branquinha e já prontinha pru amigo levar. Óia nas foia derradera desse livro qui montão de coisa boa, tem biscoito de porvio, tem forno de varrer, a cana doce e a bagacêra juntada com a lenha e esperano fogo acender. Freveno sempre está uma tachada de rapadura e o melado prefumoso, e basta batê pra saí, cada jãobranco gostoso, preguento! Pá -mexer com a gente pur compreto e estremecer o corpo intêro parece qui nada fartô, fala de tudo, das festa e andanças, novenas e rezadêras... Triste mesmo de duê é o fim do rio, as trincas na terra, a água benta, a fé e o sacrifício - fizeram questã de retratar tin tin pur tin tin as mais belas histórias de vida desse povo sofrido e ordêro qui só ocupa um tiquim de chão nos cafundó Brasilêro! Olhar-até-ver este livro, avera de ser desse modo, no batido parpitante do coração... É tudo paricido divera! Texto: Elias Rodrigues de Oliveira e Eliés Freitas de Souza |
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Textos e interpretação de Eliés Freitas de Souza ,
vídeo com algumas das fotos e voz - parte 1 de 2 (OU, veja abaixo, o texto para leitura e audição no Player) |
Textos e interpretação de Eliés Freitas de Souza ,
vídeo com algumas das fotos e voz - parte 2 de 2 |
...Ôh Dificulidade "doida" mexer cum essas invencionice que os homi arrumô; Quando ocê acha arguém letrado pra "cantar" os números aí alivia muncado a fadiga - inda vai... Prumodiquê riscar o dedo e ter que "catar" os número com o zói no papér comprica tudo, nem de ócrus. Condocê firma as vista ela imbaraia e a gente perde o rumo, se bubiar a pressão inté suspende e sai do normár; A valença qui sempre aparece um amigo pra socorrer na hora da afrição, senão ocê num da conta do recado não; Condé ansim, nois passa pra ele o ricurso e iscora do ladim... De oreia impé e com munta atenção dá pra iscuitar o bate-papo, e inté ditar a prosa: "Fala, fala com ele que a carijó tirô 12 e gorô só dois !!!" ...Olha procê vê!
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza.. Fotos: Elias Rodrigues de Oliveira
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza.. Fotos: Elias Rodrigues de Oliveira
Daqui té lá - tá pirtin, pirtin! - Na incruziada ocê pega e troce ansim e sobe berano o camin... Inriba no artin tem uma tronquêra, ocê num entra não, passa dibanda no trio e vai desceno o iscanbadozin inté vará na grota. Lá no fundão, no imboque ocê vai ver treis casa. Num é a premêra não, é a derradêra que é a dele. - Dá menos de légua!!!
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza.. Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
Acuada quis amoitar a cara e botar-fora aquela visita logo na chegada ao rancho; Com geintin disacursuado e zuin regalado ficou alí mei-qui-acanhada com a cara no chão - essa é a fisionomia viva do povo sofrido e trabalhador do nosso sertão!!!
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza. Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
Dispois de ispremer o cardo da cana na muenda inté vazá a útima gota, nois pega e pãe o bagaço amuntuado pra secar na cacunda duma pedra quarquer longe da terra fria pramode num panhar úmidade.
- Dá... da sim, da pra apruveitar essa bagaçada toda, nois num pó -perder nada não, né? ...e isso pega fogo qué-uma-beleza, só-sinhô-veno! - Mais é bão isperar secar!!! Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
A cana quiocê viu lá na virada foi cortada, os homi cortô; Foi cortada, limpa e carregada nus lombo dus animár pra baxo, pru ingenho - os burro carregô; Na muenda foi trurcida - aí deu garapa; No desdobramento do calor do fogo brabo a tachada deu melado; Um muncado da sobra deu inté jão-branco prus mininu apriciar... Mais nosso négocio era mesmo a rapadura - e deu tamém. - Tinha que dá né!? - Taí o doce da cana!!!!
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
O casebre fincado no tôpo permanece de pé, mas a árvore plantada nunca deu sombra! Ramo que insiste em brotar naquela terra infrutífera, até que nasce - nasce mas não vinga, porque é sufocado pela força do sol que sai "estalano" toda manhã e esconde "pelano" a tarde... O verde vivo que ali permanece lembra esperança, somente lembra, mas ali não produz!!! ... a casinha é garantia de posse.
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
Cravei o zói com força e ficou tudo embaçado - longe, muito longe vi uma velha casinha barreada e trançada com cipó... Regalei e firmei uma “oiada” mais segura, então fiquei extasiado ao ver o solo castigado do norte de Minas crescendo, e estorricado e com infinitas trincas.
Meditativo, observei os detalhes e não foi difícil perceber a transformação da beleza natural provocada pelo estender dos dias nessa frágil alma feminina. ...éh que a terra aos poucos “suga” quem muito vive... Suga tanto que com tempo a gente “murcha” - e murcha, até nos devorar de vez. Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
Com a seca braba, o fundo da represa levantava inté beijus - e no brejão que ainda restava o “piseiro” indicava que os queixadas que acabavam com a roça eram muitos - era preciso pôr termo à fuçação de porco, caso contrário não sobraria uma só raiz de mandioca... Zé Bento não quer dar com os burros n’água - o mandiocale é o “sale” da janta.
“...tô quereno arrastar bagaço não - mas quem leva, lava o pescoço... mandioca enxuta num dá farinha encaroçada - ocê num vê sobra de crueira na peneira.” Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Felipe Abranches de Araújo Porto |
No fogão a panela que frigia cozinhando o ensopado de cérebro de boi, há dias descansa; Outro dia o prato foi tonozelo de porco.
O Jabá de sertanejo ligitimo isprementado na dura lida onde a fuicinha anda deitada dia-intirin tem que sair cedo pois o roncar da barrinha funda é mais forte, e tem que ser guisado reforçado com trupicão e munta sustânça pra guentar o regaço, senão o cabra desce à cova. Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
Não estava amarrada pelo pé nem presa debaixo do balaio... Ao jogar do milho e o soar do pru-ti-ti-ti-ti-ti-ti o bando veio, quase um aviário, aí entrou o pulo da gata que num bote certeiro “travô” a canelinha da primeira penosa que arriscou aproximação na cata de milho. “Pegô.” e agora... só-pa-nela.
- A cena do sacrifício faz “taiar” o sangue!!! Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
Servido o almoço chamaram a companheirada: - Tá pronto, pó –vim armuçar!!!
Tião vaqueiro varado de fome não esperou chamar duas vezes e foi inté bambo, cego... De posse dum baita caldeirão forrado de feijão inté pelano de quente queimando a sola da parma da mão o macho caminhou firme e ligeiro em dereção ao terreiro, de tão afoito que tava nem viu garfo e cuié bem ao lado, pendurados no garfeiro. Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
Alma inspiradora que vê, se encanta e registra... Do movimento contínuo e necessário, em meio ao calor e vapor, surge a arte que ele viu despencando em gotículas perolizadas!!!
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
Entretido o gurí sentia-se dono do pedaço - até que avistou os olhos arregalados do lagarto que trazia sorrateiramente por aquele chão encaroçado um franguinho na boca... Desesperado não quis dividir a sombra, chispou-se dalí feito um corisco!!!
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
Quis roubar a cena do árduo labor ofuscando a percepção do brilho saliente do óleo que jorrava untando a pele morena e ensopando o adorno do corpo. Livra-se do peso, mas da pisadura é impossível! Há marcas no joelho, mãos e cabeça; há marcas no corpo. Mas todas incomparáveis às enraizadas no coração – lembranças!!!
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
Tudo que sobe tem que descer, ah, se tem!"
Qui-ocê vai entrar na "vaqueta" ainda hoje, isso vai. A encaroçada vai andar nos seus canziles. Vou isquentar seu lombin! Desce já daí, desce, pra mim lavar a mão nessa sua fuça discarada; Vou te mostrar seu lambisgóia cumé-qui-joga pedra na Geni! Passar a noite aí, ocê num vai. Muleque atrivido - envergonhano sua mãe. Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
Lia, mulher caridosa, coração de ouro, seu jeito sereno e acanhado revela notadamente no vestir que é mulher honesta e generosa... Um pudor invejável. Conserva o costume das mulheres antigas, anágua e combinação fazem parte copiosamente de sua santa vestimenta. Lia é solidária, o que é seu não é somente seu, aprendeu o dom da partilha... - Tá aqui óh, a banana. Pode levar! - Banana maçã é bão pra caganeira, pra desarranjo. - Mas explica: “Banana verde trava a lingua de tal modo, que não se consegue assobiar.”
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
Eram 10:00 horas da manhã ainda, o sol tostava e aquela hérnia passada afligia - bem no pé do umbigo assolava tanto aquele incansável homem que encolhido padecia de dor e mal conseguia permanecer em pé; Sentindo-se agredido o velho carvoeiro lançando longe de si aquela esfacelada pá, com voz trêmula aos resmungos, dizia:
- Antes que você acabe comigo dou cabo em você, trem!!! Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
Com uma parecença um tanto quanto estranha me pertuba as idéias... parece incompleto, metricamente errado. - Tentaram lhe ajudar usando uma extravagante brancura, istrapaiô mais, manchô. Assim, me faz lembrar uma armação de um homi que conheci, ele era coxo e manchado de branco - feio muito feio, o "fugão" e o "homi".
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
Pinera é pá pinerar, nois sopra, disbuia e sessa... na cata rivirano paia e terra atrais de fejão nois acha; aí é priciso iscoier. Nóis né bobo nem nada com a pinera grossa na mão nóis iscoie os carucin... Na vorta nóis leva uma bananinha pra forrar o “ôco” do istâmo e as -osôtra dispois a gente come com armoço; O fejãozin catado os minino já foi vender na venda!!!
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
Na leva da roupa que lavou, caminhando no caminho parou... Parou, e posou igual uma pomba trocal esperando o tiro da máquina! O disparo do flash atingiu em cheio a face dourada e simpática da moça.
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
Quando recebeu a noticia o coraçãozim dele ficou desorientado e deu rabichadas e coices dentro do peitinho, igualzin pordin novo, saltitando de alegria - Correu e aprontou, pôs a esperar. O vermelho rutilante e a presença marcante do perfume avanço naquele ambiente certamente impressionaria... Ele pensou! Doente de amor ficou ali vendo coisas - uma entrada triunfal.
...Lembrava do sonho que havia sonhado. Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
Pitador de rolão, de arromba- peito. Gosta de fumo forte. Fala que pita pra adormecer o dente... Olha procê vê!
Eu já falei com ele: Se tá doendo ranca logo essa porcariada da boca. Toda vez que vai na venda traiz uma "tora" de fumo que dá pra pitar mais de mês. Pó precurar, precura quiocê vai achar uma "perninha" de fumo nu bursin da carça dele. Ispia atraiz da oreia a paia... Eu to mintino? Eu do conseio, eu falo, to cansado de falar com esse fédamanha pra laigar a mão disso; Pirdi foi muntos amigo com essa disgrameira - morreu tudo novo com a tár duença ruin, qui-né-bão nem falar o nome. Começa com garrotilho. Abre o zói pru -sinár! Pai condo fala é purquê quer o bem do fio. É mior ivitar qui curar!Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
Não basta plantar a semente, tem que cuidar do fruto que nasceu!
Não basta colher o fruto, tem que sentir prazer na colheita. O milagre da transformação da sementinha enche os braços, os olhos, a mesa e o bolso. Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
Como sentinela vigiando à espera de alguém, lá está ele na espreita. Cauteloso, não se expõe completamente na linha de tiro; Mei-qui- amoitado e desconfiado, fica só tucaiando de rabo-de-zói totalmente compenetrado aos movimentos alheios em redor de sua cria. A mensagem lida em seus olhos dá o recado, e espanta os predadores.
- O criador vela pela cria - tua. Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
Taquara rachada de bambu, trançado vira balaio; Do cerrado Levo pequi, araçá, cajá-manga, jenipapo, coquinho azedo e o umbu. Se por alí você passar vai ver o balaio num canto da sala, da cozinha ou no galinheiro sempre de boca aberta, espreguiçando na cabeça duma pedra ou no meio da farinha que secam no terreiro.
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
O vergão na cana da perna lembra chicote de três cordas trançado, cipó, cabresto - e mardade de homi enfeitiçado... O danado na tocaia isperô ela passar; Envenenado do rabo inté na batata do zói, peçonhento e traiçoeiro nem chuquae prestô pra balangar. Bicho ruim, demoniado, se tivesse avisado ela sartava de lado ou inté mesmo ivitado de pagode por aquelas bandas cassar.
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
...passou a noite toda numa anarquia doida iscuitano caipira e ingerino a bicotadas goles da mardição engarrafada. No silêncio da madrugada foi visto sozinho dançando em rodinhas e cantarolando com uma garrafinha na mão, inté que dormiu no cantinho da marquise... Com isso perdeu a primeira condução e a segunda não sabe se vem; A cabeçinha inchada atormentando lembra da musica, e da carvoaria que te espera. - Olha procê vê!!!
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Tarcisio Luiz de Paula |
Casa véia da medo, o silêncio mora lá, a gente chega de vagariquinho oiano prá trais, pisano de leve, manso, assusta com lagartixa que corre e com o espanto da rolinha que foge do ninho, os raios de luz que entra pelas gretas do telhado é acompanhado pelo zoi cismado, e são eles que muda a negrura do interior tornando o ambiente ainda mais misterioso e sombrio - aí percebo que as sombras são meu medo.
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
Língua de fora e pé no chão sobe a pique o murundú.
No embalo da descida tem recompensa, corre vento na venta; A mente subaca fundo o acelerador, e é da boca que sai o roncar do motor! Apluma o corpo e torçe para não dar guinada Desgovernando pula, pula e cai rolando - tôco e galho de pau no peitin descem quebrando; - Na poeira o couro fica. Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
O filho do cabra não é cabrito mas é matreiro feito ele só; Vive arriscando, e petisca nas suas travessuras de garoto de pouca idade... Brinca com o perigo, faz proeza em cima daquela mecânica de fabricação artesanal, seu brinquedo preferido; Tornou-se afamado naquele tablado com direito a espectadores fascinantes que acompanhavam seu desempenho durante suas apresentações todos de olhos atentos, vidrados. Melhor, ali nunca apareceu nem igual, o equilíbrio invejável ficou como marca registrada; Na íngreme descida no topete -da cabeça -do morro montava e embalava, com os braços estendidos feito um pássaro indomável entrava na curva da reta final ao som do ranger das rodas como um baita campeão; Os rastos da freada que ficavam até hoje não se apagaram da mente.
Texto e Interpretação de Eliés Freitas de Souza Foto: Elias Rodrigues de Oliveira |
OLHA PROCÊ VÊ! - Makingoff caipira - Wagner M. Martins.
"Quan'eu vi aquels dois chapilin na cabicinha dos pau, endoidici. Abri a premera foia, com'seabre uma portera e garrei a escrevê coisa. Deu nu que deu... foi se achegano gente, gente que era cunhicida e gente que num era cunhicida tomem, gente qui nunca tinha iscrivido nada... num derrape de tempo o Ilia do Rordão intransformô o trem num livro. Inté que ficô bunitu, viu! ... ____ Click e continue lendo no arquivo .pdf à direita-->> |
( AGUARDANDO AUDIO )
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